Numa conferência de imprensa em Graz, os investigadores explicaram que o autor do crime, de 21 anos, tinha uma vida socialmente muito isolada e que vivia num mundo virtual. Até à data, não há pistas sobre o seu motivo.
O criminoso de 21 anos de Graz, que se dirigiu à sua antiga escola, na terça-feira, e matou 10 pessoas a tiro, tinha tudo planeado até ao último pormenor. Foi o que afirmaram o ministério Público e a polícia numa conferência de imprensa na quinta-feira.
Durante a busca domiciliária, os investigadores encontraram uma bomba de cano não funcional, notas e planos. Segundo a polícia, a bomba de cano continha todos os componentes e nas suas notas o autor do crime lamentava não ter tido "tempo suficiente para as finalizar".
Como se desenrolou o tiroteio
Michael Lohnegger, diretor da polícia, explicou que o autor do crime entrou na escola na terça-feira às 9h43 e trazia consigo uma mochila com uma pistola Glock 19, uma espingarda de cano duplo serrado e munições.
Quando entrou no edifício escolar dirigiu-se à casa de banho, no terceiro andar e colocou um cinto de armas, óculos de tiro e um auricular. Na altura, estavam 400 alunos na escola.
O autor do crime, agora armado, dirigiu-se então ao segundo andar e disparou indiscriminadamente contra as pessoas que lá se encontravam.
Às 10h07 voltou à mesma casa de banho onde tinha estado, no piso superior, e disparou sobre si próprio. A primeira patrulha chegou à escola às 10h06. Nessa altura, o autor do crime já tinha terminado o seu ataque.
Um jovem introvertido
A carta de despedida que "Artur A" deixou - como foi identificado - também está entre os objetos encontrados, mas, segundo os investigadores não fornece qualquer informação sobre o motivo que o levou a comer o crime. O conteúdo da carta é principalmente um pedido de desculpas à família.
Os investigadores revelaram ainda que o jovem, que vivia com a mãe, não tinha registo criminal e tinha abandonado a escola há três anos sem terminar o curso.
A investigação revela ainda que o atirador tinha uma vida oculta; era introvertido e fechava-se sobretudo no mundo virtual onde jogava jogos de tiro. A única forma de socialização era em contexto online.
O autor do crime conhecia as suas vítimas?
Os investigadores presumem que o jovem de 21 anos não conhecia os jovens que matou. Um dos professores que lhe tinha dado aulas também estava entre as vítimas.
A polícia ainda está a investigar o computador portátil e uma pen USB e até à data não há pistas concretas sobre o motivo.