Donald Trump confirmou acordo e diz que entendimento impõe tarifas de 55% sobre produtos chineses e o aos minerais de terras raras do país.
Estados Unidos e China já alcançaram um acordo sobre o comércio. A garantia foi dada por Donald Trump, através das suas redes sociais.
Numa publicação na rede social TruthSocial, o presidente norte-americano confirmou que "o acordo está feito", carecendo apenas de aprovação dele próprio e do presidente chinês, Xi Jinping.
O presidente Donald Trump anunciou na quarta-feira que os Estados Unidos vão receber minerais de terras raras da China ao abrigo do novo acordo comercial e que as tarifas sobre os produtos chineses vão aumentar para 55%.
Em troca, Trump disse que os EUA vão fornecer à China "o que foi acordado", incluindo permitir que os estudantes chineses frequentem faculdades e universidades americanas. O presidente republicano tinha começado recentemente a restringir a presença de cidadãos chineses nos campus universitários dos EUA.
A nova taxa alfandegária de 55% representaria um aumento significativo em relação à taxa de 30% fixada na Suíça durante as conversações de maio.
O presidente norte-americano garantiu ainda que que a relação com a China é "excelente" e que irá trabalhar de perto com Xi Jinping para abrir o mercado chinês aos produtos norte-americanos.
Os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo de princípio sobre um quadro para a aplicação do acordo alcançado no mês ado para resolver os diferendos comerciais, segundo a imprensa estatal chinesa. O anúncio foi feito após a conclusão de dois dias de discussões em Londres, esta terça-feira.
O acordo foi interrompido por uma série de disputas nas semanas que se seguiram, levando a um telefonema na semana ada entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o homólogo chinês, Xi Jinping, com o objetivo de aliviar as tensões.
Li Chenggang, que é vice-ministro do Comércio e representa a China no comércio internacional, declarou que ambas as partes chegaram a um acordo preliminar sobre um quadro para executar o acordo estabelecido entre os dois líderes, bem como durante as discussões realizadas em maio em Genebra.
Li e Wang Wentao, ministro do Comércio da China, faziam parte da delegação liderada pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng. Reuniram-se com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e com o representante para o Comércio, Jamieson Greer, na Lancaster House, uma mansão com 200 anos, perto do Palácio de Buckingham.
Lutnick disse, ao chegar esta terça-feira de manhã, que as conversações estavam a "correr bem" e que esperava que continuassem durante todo o dia.
As duas partes pretendem capitalizar as discussões realizadas em Genebra no mês ado, que resultaram numa pausa de 90 dias na maioria dos direitos aduaneiros cobrados uma à outra, que excederam os 100%, durante um conflito comercial crescente que suscitou preocupações sobre uma potencial recessão.
Desde as conversações de Genebra, Washington e Pequim têm-se envolvido em trocas acaloradas sobre semicondutores avançados que alimentam a inteligência artificial, a emissão de vistos para estudantes chineses que frequentam universidades dos EUA e minerais de terras raras vitais para os fabricantes de automóveis e outros setores.
Na semana ada, Trump e Xi efetuaram uma longa chamada telefónica numa tentativa de restabelecer as relações. A chamada foi seguida de um anúncio de que as discussões comerciais seriam retomadas em Londres.
A China, maior produtor mundial de terras raras, indicou um potencial abrandamento das restrições à exportação impostas a estes materiais em abril, causando preocupação entre os fabricantes de automóveis de todo o mundo que deles dependem.
Em resposta, Pequim instou Washington a levantar as restrições ao o da China à tecnologia necessária para a produção de semicondutores avançados.
Trump disse que quer "abrir a China", o maior produtor mundial de bens, aos produtos norte-americanos. "Se isso não acontecer, não vale a pena fazer nada", disse Trump na Casa Branca.