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Rússia pode usar a Bielorrússia para atacar países bálticos, diz líder da oposição bielorrussa

Sviatlana Tsikhanouskaya, líder da oposição bielorrussa no exílio, discursa no Parlamento Europeu a 13 de setembro de 2023, em Estrasburgo, França.
Sviatlana Tsikhanouskaya, líder da oposição bielorrussa no exílio, discursa no Parlamento Europeu a 13 de setembro de 2023, em Estrasburgo, França. Direitos de autor AP Photo
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De Sasha Vakulina
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A líder da oposição bielorrussa, Sviatlana Tsikhanouskaya, disse à Euronews que o seu país pode ser usado como plataforma de lançamento para atacar e invadir os Estados Bálticos, mas o povo da Bielorrússia não vai entrar em guerra contra os seus vizinhos.

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"Perguntem aos vossos serviços secretos: o que é que a Rússia está a planear para este verão na Bielorrússia?", perguntou Volodymyr Zelenskyy aos nove países membros da NATO da Europa Central e Oriental, na Lituânia, a 2 de junho.

O Presidente ucraniano instou-os a "unirem forças" para fazer face à possível ameaça russa que provém do território da Bielorrússia.

Sviatlana Tsikhanouskaya, a líder da oposição bielorrussa, disse à Euronews que os exercícios militares conjuntos em grande escala entre a Rússia e a Bielorrússia, que se realizam no outono, podem efetivamente constituir uma ameaça para o flanco oriental da NATO.

"Não se esqueçam que os últimos exercícios militares na Bielorrússia terminaram com o ataque à Ucrânia", disse, referindo-se às manobras de Zapad 2021.

No outono de 2021, poucos meses antes da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, Moscovo e Minsk realizaram exercícios militares na Bielorrússia, nos quais treinaram, entre outras coisas, operações de assalto em áreas densamente povoadas com equipamento russo.

Em 2022, a Rússia utilizou a Bielorrússia como plataforma de lançamento para os seus ataques à Ucrânia, mas "Moscovo não conseguiu que a população da Bielorrússia particie no ataque", afirma Tsikhanouskaya.

A líder da oposição acredita que "os bielorrussos não irão contra os Estados Bálticos". "Podem ser forçados, mas isso não significa que irão lutar lá. Espero que as pessoas prefiram fugir ou mudar de lado, em vez de lutar com os lituanos ou os polacos, especialmente sabendo o quanto estes países nos apoiam", acrescenta.

A líder da oposição bielorrussa acredita que este apoio também é dirigido a ela. Desde que fugiu da Bielorrússia, em 2020, vive na Lituânia, onde ouve agora as preocupações e as inquietações sobre a possibilidade do seu país natal poder vir a atacar o país que a acolheu quando teve de sair de casa.

"É um ambiente bastante terrível, com todas as discussões sobre possíveis ataques à Lituânia, porque a Lituânia vai ser o primeiro país a caminho da União Europeia", ite, referindo que também há preocupações sobre se a NATO vai defender a Lituânia.

"Há discussões sobre se a NATO virá salvar a Lituânia e se haverá tempo suficiente", explica Tsikhanouskaya.

Apesar dos recentes relatos de responsáveis europeus preocupados com a possibilidade de Washington retirar as tropas americanas dos Estados Bálticos, Tsikhanouskaya continua otimista quanto à intervenção da NATO.

"Acredito realmente na aliança da NATO, que com a sua unidade e o seu poder enviará um sinal muito claro a Putin: 'Não o faça'".

Tsikhanouskaya espera que seja enviado um sinal forte semelhante ao que foi enviado a Aliaksandr Lukashenka, da Bielorrússia, uma vez que a militarização do país está a agravar-se.

"As pessoas apercebem-se da forma como o regime está a militarizar a nossa sociedade. Muitas empresas e fábricas trabalham para os militares russos. Temos todas as provas de que as empresas participam na guerra contra a Ucrânia", afirma.

Lukashenko militariza a sociedade bielorrussa à força

"Aleksandr Lukashenko também está a forçar a militarização da sociedade bielorrussa", afirmou Tsikhanouskaya à Euronews.

"Vemos como os jovens estão muito envolvidos nesta militarização nas escolas e nas universidades, onde se ensinam matérias de militarização", explicou.

O regime de Lukashenko está a tentar mostrar à população que existe um inimigo externo contra o qual se deve unir, uma estratégia também utilizada por Moscovo.

"Eles querem mostrar que temos inimigos externos, que alguém nos quer invadir, por isso estão a tentar preparar a nação para um possível perigo no futuro", salientou Tsikhanouskaya.

Tsikhanouskaya considera, porém, que, em comparação com a estratégia de militarização da Rússia, "esta não funcionará com o povo da Bielorrússia". "Não creio que o mesmo método funcione com a nação bielorrussa, porque os bielorrussos não compreendem realmente como é lutar contra o vizinho e matar os vizinhos", concluiu.

E apesar de haver um entendimento total de que a Bielorrússia pode ser usada pela Rússia, "com a ajuda de Lukashenko, para possíveis ataques futuros à Ucrânia ou à União Europeia", as pessoas resistirão ao envolvimento direto.

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