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Dia de Portugal: Marcelo refere que "não há quem possa dizer que é mais português do que outro"

Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
De Ema Gil Pires
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Declarações proferidas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no âmbito das comemorações do 10 de Junho, que este ano se centram na cidade algarvia de Lagos.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou esta terça-feira, no âmbito das comemorações do 10 de Junho, os "900 anos da pátria comum", que foi sendo construída pelos vários povos que habitaram Portugal, desde os mouros aos fenícios, não esquecendo os gregos e os romanos, entre tantos outros.

Povos esses que "fizeram de nós [portugueses] uma mistura, em que não há quem possa dizer que é mais puro e mais português do que qualquer outro", acrescentou também o chefe de Estado.

Uma mensagem que surge numa altura em que, em Portugal e na Europa, se reforçam vários movimentos nacionalistas e anti-imigração. "Nós somos portugueses porque somos universais, e somos universais porque somos portugueses", disse ainda Marcelo Rebelo de Sousa, no seu último discurso no âmbito do Dia de Portugal.

Recordando o ado histórico do país, que tem como um dos principais expoentes máximos o período dos Descobrimentos, destacou o facto de Lagos - "lugar simbólico de tanta História já feita e ainda por fazer" onde decorrem estas celebrações - ter sido o local "onde ganhou fôlego a travessia dos oceanos, que deu novos mundos ao mais pequeno mundo, que era o nosso e o da Europa". Momento esse que tem vindo a ser aclamado como exemplo da capacidade de ação de um povo que é composto por cidadãos "experientes, resistentes, criativos, heróis nos momentos certos", acrescentou ainda o Presidente da República.

Mas, para além de "recordar as guerras que ganhámos", Marcelo Rebelo de Sousa apontou que também é necessário não esquecer "aquelas que perdemos, o que errámos, o que desperdiçámos, o que não fizemos" em diferentes "continentes e oceanos". E que, mais do que "recordar", é também preciso "recriar".

"Temos o dever de nos recriar, de nos ultraar, cuidar melhor da nossa gente para que seja mais numerosa, mais educada, mais atraída a ficar nesta pátria feita de um retângulo e dois arquipélagos", afirmou ainda, lembrando também os portugueses que agora vivem no estrangeiro.

E recriar, para Marcelo Rebelo de Sousa, a também por "reler Os Lusíadas", numa clara homenagem ao poeta maior da literatura portuguesa, enquanto "recordação do ado, mas aposta no futuro em anos em que Portugal parecia condenado a morrer".

O chefe de Estado aproveitou ainda a ocasião para condecorar o antigo chefe de Estado general Ramalho Eanes com o grande-colar da Ordem Militar de Avis, tendo recordado como "nascemos e tornámo-nos independentes por causa" dos militares e que, por isso mesmo, é necessário manifestar "gratidão".

Antes dos discursos, na Avenida dos Descobrimentos, em Lagos, decorreu ainda um momento de homenagem aos combatentes que morreram em nome da pátria.

No âmbito destas celebrações, o chefe de Estado participou também, juntamente com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, numa festa organizada pela comunidade portuguesa na cidade alemã de Estugarda, no sábado. Algo que aconteceu antes de viajarem para Munique, também na Alemanha, onde assistiram ainda à vitória de Portugal sobre Espanha na final da Liga das Nações, no domingo.

A homenagem de Lídia Jorge a Camões

Antes da intervenção do chefe de Estado, esta terça-feira, a escritora Lídia Jorge, no papel de presidente da Comissão Organizadora destas comemorações do Dia de Portugal, destacou como os “países escolhem datas de referência para celebrar a sua História”. E que, em Portugal, tal equivale à "data da morte de um poeta", Luís de Camões, "que protagoniza o nosso momento cívico de unidade mais relevante” - os Descobrimentos, representados em Os Lusíadas.

“Não se trata de um sinal de melancolia, mas sim do seu oposto", destacou ainda a escritora, recordando assim "um poeta do século XVI [que] nos legou uma obra tão vigorosa que acabou por ser adotada, no seu conjunto, como exemplo da vitalidade de um povo” e “símbolo universal da nossa peregrinação prometeica sobre a terra”. E lembrando, além disso, um autor que "um dia nasceu e nunca mais morreu".

Recordando a "fidelidade" que o poeta manteve relativamente à pátria, "enquanto se encontrava em terras remotas”, Lídia Jorge descreveu Camões como “exemplo da proximidade que os portugueses, que se encontram longe, mantêm com a sua cultura de origem". Concluindo com uma referência às “comunidades portuguesas", enquanto "corpo essencial do nosso ser identitário”.

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