{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/cultura/2017/03/23/a-odisseia-de-villazon-e-kozena-no-regresso-de-ulisses" }, "headline": "A odisseia de Villaz\u00f3n e Ko\u017een\u00e1 no \u0022Regresso de Ulisses\u0022", "description": "\u0022O Regresso de Ulisses \u00e0 P\u00e1tria\u0022 foi das primeiras \u00f3peras a ser escrita. Agora, Magdalena Ko\u017een\u00e1 e Rolando Villaz\u00f3n ressuscitam Monteverdi, em Paris.", "articleBody": "Foi das primeiras \u00f3peras a ser escrita. O Th\u00e9\u00e2tre des Champs Elys\u00e9es transporta-nos agora para o barroco italiano com \u201cO Regresso de Ulisses \u00e0 P\u00e1tria\u201d, no qual Magdalena Ko\u017een\u00e1 e Rolando Villaz\u00f3n ressuscitam Monteverdi. \u00c9 uma das obras fundadoras da arte l\u00edrica. Escrita por Claudio Monteverdi em 1640, a \u00f3pera O Regresso de Ulisses \u00e0 P\u00e1tria trouxe agora o barroco italiano ao palco do Th\u00e9\u00e2tre des Champs Elys\u00e9es, em Paris. A mezzo-soprano checa Magdalena Ko\u017een\u00e1 \u00e9 Pen\u00e9lope. \u201cQuando me debrucei sobre este papel pensei que era um bocado mon\u00f3tono ter uma personagem que est\u00e1 sempre a lamentar a aus\u00eancia do marido. E, quando ele regressa, nem sequer o reconhece, apesar de toda a gente dizer que \u00e9 ele. Nesta produ\u00e7\u00e3o fizemos com que ela o reconhecesse imediatamente. Mas quando ele come\u00e7a a massacrar toda a gente, a\u00ed sim ela diz: \u2018este n\u00e3o \u00e9 o meu marido que conheci h\u00e1 20 anos\u2019. E \u00e9 ent\u00e3o que as coisas se tornam mais interessantes\u201d, explica-nos Ko\u017een\u00e1. Villazon, Haim, Kozena #Ulysse TCEOPERA pic.twitter.com/HizjFGfcKw— Simon Morgan (SP_Morgan) 13 mars 2017 Rolando Villaz\u00f3n incarna Ulisses. A odisseia do tenor franco-mexicano na obra de Monteverdi come\u00e7ou h\u00e1 12 anos, quando a maestrina Emmanuelle Ha\u00efm lhe lan\u00e7ou o desafio pela primeira vez. \u201cNo in\u00edcio, disse que n\u00e3o, que n\u00e3o era o meu repert\u00f3rio. Ela falou-me da poesia da altura, do compositor, tocou um pouco da obra no cravo\u2026 Meia-hora depois, perguntou-me: \u2018E agora?\u2019 E eu respondi: \u2018em 5 minutos tinhas-me convencido at\u00e9 a cantar heavy metal!\u2019\u201d. Para o tenor, \u201cMonteverdi \u00e9 teatro. Se cantarmos apenas, fica mon\u00f3tono, n\u00e3o \u00e9 interessante. \u00c9 preciso interpretar, brincar com a voz\u201d. Facto muito pouco habitual no mundo da \u00f3pera \u00e9 ter duas mulheres a dirigir a produ\u00e7\u00e3o: Emmanuelle Ha\u00efm \u00e0 frente da orquestra e Mariame Cl\u00e9ment como encenadora. Magdalena Ko\u017een\u00e1 salienta que \u201chouve um entendimento particular sobre o papel, esta mulher que envelhece \u00e0 medida que espera pelo marido. Ao mesmo tempo, foi um processo muito calmo e construtivo, o que n\u00e3o acontece sempre no mundo da \u00f3pera. Foram belos momentos, devia ser sempre assim\u201d.", "dateCreated": "2017-03-23T18:03:23+01:00", "dateModified": "2017-03-23T18:03:23+01:00", "datePublished": "2017-03-23T18:03:23+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F359714%2F1440x810_359714.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "\u0022O Regresso de Ulisses \u00e0 P\u00e1tria\u0022 foi das primeiras \u00f3peras a ser escrita. Agora, Magdalena Ko\u017een\u00e1 e Rolando Villaz\u00f3n ressuscitam Monteverdi, em Paris.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F359714%2F432x243_359714.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

A odisseia de Villazón e Kožená no "Regresso de Ulisses"

Em parceria com
A odisseia de Villazón e Kožená no "Regresso de Ulisses"
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

"O Regresso de Ulisses à Pátria" foi das primeiras óperas a ser escrita. Agora, Magdalena Kožená e Rolando Villazón ressuscitam Monteverdi, em Paris.

PUBLICIDADE

Foi das primeiras óperas a ser escrita. O Théâtre des Champs Elysées transporta-nos agora para o barroco italiano com “O Regresso de Ulisses à Pátria”, no qual Magdalena Kožená e Rolando Villazón ressuscitam Monteverdi.

É uma das obras fundadoras da arte lírica. Escrita por Claudio Monteverdi em 1640, a ópera O Regresso de Ulisses à Pátria trouxe agora o barroco italiano ao palco do Théâtre des Champs Elysées, em Paris. A mezzo-soprano checa Magdalena Kožená é Penélope.

“Quando me debrucei sobre este papel pensei que era um bocado monótono ter uma personagem que está sempre a lamentar a ausência do marido. E, quando ele regressa, nem sequer o reconhece, apesar de toda a gente dizer que é ele. Nesta produção fizemos com que ela o reconhecesse imediatamente. Mas quando ele começa a massacrar toda a gente, aí sim ela diz: ‘este não é o meu marido que conheci há 20 anos’. E é então que as coisas se tornam mais interessantes”, explica-nos Kožená.

Villazon, Haim, Kozena #UlysseTCEOPERA</a> <a href="https://t.co/HizjFGfcKw">pic.twitter.com/HizjFGfcKw</a></p>&mdash; Simon Morgan (SP_Morgan) 13 mars 2017

Rolando Villazón incarna Ulisses. A odisseia do tenor franco-mexicano na obra de Monteverdi começou há 12 anos, quando a maestrina Emmanuelle Haïm lhe lançou o desafio pela primeira vez. “No início, disse que não, que não era o meu repertório. Ela falou-me da poesia da altura, do compositor, tocou um pouco da obra no cravo… Meia-hora depois, perguntou-me: ‘E agora?’ E eu respondi: ‘em 5 minutos tinhas-me convencido até a cantar heavy metal!’”.

Para o tenor, “Monteverdi é teatro. Se cantarmos apenas, fica monótono, não é interessante. É preciso interpretar, brincar com a voz”.

Facto muito pouco habitual no mundo da ópera é ter duas mulheres a dirigir a produção: Emmanuelle Haïm à frente da orquestra e Mariame Clément como encenadora. Magdalena Kožená salienta que “houve um entendimento particular sobre o papel, esta mulher que envelhece à medida que espera pelo marido. Ao mesmo tempo, foi um processo muito calmo e construtivo, o que não acontece sempre no mundo da ópera. Foram belos momentos, devia ser sempre assim”.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Emmanuelle Haïm: "As escolhas musicais mudam de uma produção para outra"

Talentoso jovem maestro ganha Prémio Herbert von Karajan

Prémio Herbert von Karajan para Jovens Maestros: uma experiência emocionante