Instituição bloqueou temporariamente a ordem de um juiz federal que ordenava ao presidente Donald Trump que devolvesse o controlo das tropas da Guarda Nacional à Califórnia, depois de as ter enviado para lá na sequência de protestos em Los Angeles por causa de rusgas de imigração.
O tribunal disse que iria realizar uma audiência sobre o assunto na terça-feira. A decisão foi tomada poucas horas depois de a ordem do juiz federal ter entrado em vigor, ao meio-dia de sexta-feira.
Na quinta-feira, o juiz distrital Charles Breyer decidiu que o destacamento da Guarda era ilegal e violava a Décima Emenda e excedia a autoridade estatutária de Trump. A ordem aplicava-se apenas às tropas da Guarda Nacional e não aos fuzileiros navais que também foram destacados para os protestos de Los Angeles. O juiz disse que não se pronunciaria sobre os fuzileiros porque eles ainda não estavam nas ruas.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, que tinha pedido ao juiz uma paragem de emergência para as tropas que ajudavam a efetuar rusgas de imigração, elogiou a decisão de quinta-feira.
“Hoje foi realmente um teste à democracia, e hoje ámos o teste”, disse Newsom numa conferência de imprensa antes da decisão do tribunal de recurso. Já a Casa Branca chamou a ordem de Breyer de “sem precedentes”, que “coloca nossos bravos funcionários federais em perigo”.
Após a suspensão da decisão, Trump, numa publicação na sua plataforma Truth Social, Trump agradeceu ao tribunal de recurso na sexta-feira de manhã.
“Se eu não tivesse enviado os militares para Los Angeles, a cidade estaria a arder neste momento”, disse.
Os protestos contra as rusgas de imigração em Los Angeles intensificaram-se depois de Trump ter convocado a Guarda e, desde então, estenderam-se a outras cidades, incluindo Boston, Chicago e Seattle.
Trump descreveu Los Angeles em termos terríveis que a Presidente da Câmara, Karen Bass, e Newsom dizem não corresponder à verdade.